quarta-feira, janeiro 28, 2004
RTP aposta nos homens
Entre os dias oito e 12 de Março, os blocos informativos diários das televisões portuguesas estiveram a cargo, na sua maioria, de pivôs do sexo masculino.
As televisões privadas foram alternando entre os dois sexos, enquanto a estação pública optou por se cingir à intervenção dos homens.
Analisando os cinco dias úteis da semana de oito a 12 de Março, apenas as estações privadas apresentaram pivôs femininas: Fernanda de Oliveira Ribeiro e Lurdes Baeta (SIC e TVI, respectivamente), destacaram-se nos blocos noticiosos da hora do almoço em dias alternados durante a semana.
A RTP apostou somente em pivôs masculinos, apresentando José Alberto Carvalho e João Fernando Ramos.
As estações de televisão privadas, empenhadas no equilíbrio, dividiram as intervenções por ambos os sexos: Fernanda de Oliveira Ribeiro e Rodrigo Guedes de Carvalho na SIC; Lurdes Baeta e Pedro Pinto na TVI.
A aposta em pivôs masculinos tem sido uma tendência habitual da estação pública, contrastando com as estações privadas que colocam no grande écran sorridentes pivôs femininas ou pivôs masculinos de ar sério e empenhado
A heterogeneidade é uma característica de destaque tanto da SIC como da TVI, em oposição ao tradicionalismo disciplinado da RTP.
Sofia Figueiras
sofia_figueiras@portugalmail.pt
As televisões privadas foram alternando entre os dois sexos, enquanto a estação pública optou por se cingir à intervenção dos homens.
Analisando os cinco dias úteis da semana de oito a 12 de Março, apenas as estações privadas apresentaram pivôs femininas: Fernanda de Oliveira Ribeiro e Lurdes Baeta (SIC e TVI, respectivamente), destacaram-se nos blocos noticiosos da hora do almoço em dias alternados durante a semana.
A RTP apostou somente em pivôs masculinos, apresentando José Alberto Carvalho e João Fernando Ramos.
As estações de televisão privadas, empenhadas no equilíbrio, dividiram as intervenções por ambos os sexos: Fernanda de Oliveira Ribeiro e Rodrigo Guedes de Carvalho na SIC; Lurdes Baeta e Pedro Pinto na TVI.
A aposta em pivôs masculinos tem sido uma tendência habitual da estação pública, contrastando com as estações privadas que colocam no grande écran sorridentes pivôs femininas ou pivôs masculinos de ar sério e empenhado
A heterogeneidade é uma característica de destaque tanto da SIC como da TVI, em oposição ao tradicionalismo disciplinado da RTP.
Sofia Figueiras
sofia_figueiras@portugalmail.pt
Uma mulher portuguesa primeira dama dos EUA?
Maria Teresa Ferreira é uma mulher portuguesa que pode vir a ser a primeira dama dos EUA. Casada com John Kerry, a sua contribuição é considerada decisiva para a vitória do marido.
Maria Teresa Ferreira, esposa de Jonh Kerry, pode vir a ser a primeira-dama dos EUA aos 64 anos.
Esta mulher nasceu em Moçambique e estudou num colégio de freiras, mas a educação católica que teve desde pequena nunca interferiu com a sua personalidade e ideais, facto que se pôde constatar por ter participado em várias manifestações e marchas contra o apartheid, em finais dos anos 50, quando estudava na Universidade Witwatersrand de Joanesburgo. Licenciou-se em Românicas e viajou para a Suíça, onde teve como colega Kofi Annan, o actual secretário-geral das Nações Unidas, na Escola de Tradutores-Intérpretes da Universidade de Genebra. Ainda antes de terminar o curso conheceu John Heinz III, por quem viria a apaixonar-se e a casar-se mais tarde. Mas Maria Teresa Ferreira não deixou que a vida amorosa interferisse na sua vida profissional e viajou para Nova Iorque, onde se tornou tradutora da ONU. No entanto, teve que abandonar a carreira independente com que tanto sonhava, pois o casamento, os três filhos e a carreira política do seu marido não o permitiam.
Apesar de tudo, em meados da década de 70, as suas convicções fizeram com que não permitisse que o marido, na altura eleito pela Pensilvânia senador republicano, se candidatasse à Casa Branca, chegando mesmo a afirmar que «Só por cima do meu cadáver!» isso iria acontecer, como é referido na revista Visão.
Maria Teresa Ferreira ficou viúva em 1991, quando John Heinz III sofreu um acidente de aviação na Filadélfia, mas não baixou os braços e deu razão àqueles que a chamavam Madre Teresa, por se preocupar com o ambiente e com os mais desfavorecidos e por querer salvar o mundo. Foi com esta iniciativa que refez a sua vida e se tornou, mais tarde, uma das representantes dos EUA numa Cimeira do Rio, nomeada pelo Presidente George Bush, uma vez que usou grande parte da fortuna do marido para este tipo de causas.
Foi nesta Cimeira que Maria Teresa Ferreira conheceu o seu actual marido, que apesar de ser um dos mais abastados membros do Senado dos EUA, foi acusado de apenas estar interessado na fortuna da sua actual mulher.
Maria Teresa tem mostrado estar preparada para todo o tipo de críticas nestas últimas semanas e a imprensa americana acredita que o seu contributo é indispensável e decisivo para uma futura vitória do marido na corrida à Casa Branca.
Clara Palma
clarapalma@hotmail.com
Maria Teresa Ferreira, esposa de Jonh Kerry, pode vir a ser a primeira-dama dos EUA aos 64 anos.
Esta mulher nasceu em Moçambique e estudou num colégio de freiras, mas a educação católica que teve desde pequena nunca interferiu com a sua personalidade e ideais, facto que se pôde constatar por ter participado em várias manifestações e marchas contra o apartheid, em finais dos anos 50, quando estudava na Universidade Witwatersrand de Joanesburgo. Licenciou-se em Românicas e viajou para a Suíça, onde teve como colega Kofi Annan, o actual secretário-geral das Nações Unidas, na Escola de Tradutores-Intérpretes da Universidade de Genebra. Ainda antes de terminar o curso conheceu John Heinz III, por quem viria a apaixonar-se e a casar-se mais tarde. Mas Maria Teresa Ferreira não deixou que a vida amorosa interferisse na sua vida profissional e viajou para Nova Iorque, onde se tornou tradutora da ONU. No entanto, teve que abandonar a carreira independente com que tanto sonhava, pois o casamento, os três filhos e a carreira política do seu marido não o permitiam.
Apesar de tudo, em meados da década de 70, as suas convicções fizeram com que não permitisse que o marido, na altura eleito pela Pensilvânia senador republicano, se candidatasse à Casa Branca, chegando mesmo a afirmar que «Só por cima do meu cadáver!» isso iria acontecer, como é referido na revista Visão.
Maria Teresa Ferreira ficou viúva em 1991, quando John Heinz III sofreu um acidente de aviação na Filadélfia, mas não baixou os braços e deu razão àqueles que a chamavam Madre Teresa, por se preocupar com o ambiente e com os mais desfavorecidos e por querer salvar o mundo. Foi com esta iniciativa que refez a sua vida e se tornou, mais tarde, uma das representantes dos EUA numa Cimeira do Rio, nomeada pelo Presidente George Bush, uma vez que usou grande parte da fortuna do marido para este tipo de causas.
Foi nesta Cimeira que Maria Teresa Ferreira conheceu o seu actual marido, que apesar de ser um dos mais abastados membros do Senado dos EUA, foi acusado de apenas estar interessado na fortuna da sua actual mulher.
Maria Teresa tem mostrado estar preparada para todo o tipo de críticas nestas últimas semanas e a imprensa americana acredita que o seu contributo é indispensável e decisivo para uma futura vitória do marido na corrida à Casa Branca.
Clara Palma
clarapalma@hotmail.com
segunda-feira, janeiro 19, 2004
Conselhos diferentes para mulheres “iguais”
Certas revistas femininas, como a Cosmopolitan ou a Maria, dividem-se no que respeita ao público-alvo: umas centram-se na culinária, puericultura, telenovelas e problemas conjugais. Outras, sugerem truques de sedução, conselhos de beleza…
Revistas que se destinam ao mesmo sexo, mas com interesses diferentes.
Tomando como exemplo duas revistas de diferente cariz (Cosmopolitan e Maria), é possível observar que o tipo de publicidade que figura nestes dois casos define o público a que se destina, assim como a linguagem utilizada e os temas abordados.
A dicotomia acusa as diferenças sociais e os interesses patentes em cada um dos casos.
Na Cosmopolitan, a publicidade é essencialmente focada em tratamentos de beleza de marcas prestigiadas inacessíveis à classe média-baixa, como Estée Lauder, Kérastase, Clinique ou Vichy. Na área dos acessórios de beleza, especial destaque para as marcas Versace ou Vogue, marcas apenas acessíveis a carteiras de uma classe alta ou de uma classe média-baixa, a crédito.
Os temas abordados são, na sua maioria, relacionados com os homens e com os truques de beleza e postura para os seduzir.
Já no caso da Maria, aparecem frequentes alusões a dietas milagrosas, consultas de tarot ou cartomancia por correspondência, acessórios e tintas para o cabelo, detergentes para a roupa ou publicidade a outras revistas do mesmo género. A maior parte dos produtos publicitados são bens de consumo ou pequenos “caprichos” adquiridos numa ida ao supermercado.
Aqui, tratam-se temas do foro doméstico: dicas de culinária, arranjos florais ou conselhos matrimoniais.
As únicas semelhanças encontradas entre estes dois mundos, são a publicidade a telemóveis e a referência a produtos de beleza e lingerie, embora para carteiras com capacidades financeiras diferentes.
Mesmo no que respeita ao preço das revistas, a diferença é considerável. Enquanto a Maria não chega a custar um euro, a Cosmopolitan chega quase aos três.
Esta discrepância de preços será um indicador de qualidade? Pontos de vista….
Sofia Figueiras
sofia_figueiras@portugalmail.pt
Revistas que se destinam ao mesmo sexo, mas com interesses diferentes.
Tomando como exemplo duas revistas de diferente cariz (Cosmopolitan e Maria), é possível observar que o tipo de publicidade que figura nestes dois casos define o público a que se destina, assim como a linguagem utilizada e os temas abordados.
A dicotomia acusa as diferenças sociais e os interesses patentes em cada um dos casos.
Na Cosmopolitan, a publicidade é essencialmente focada em tratamentos de beleza de marcas prestigiadas inacessíveis à classe média-baixa, como Estée Lauder, Kérastase, Clinique ou Vichy. Na área dos acessórios de beleza, especial destaque para as marcas Versace ou Vogue, marcas apenas acessíveis a carteiras de uma classe alta ou de uma classe média-baixa, a crédito.
Os temas abordados são, na sua maioria, relacionados com os homens e com os truques de beleza e postura para os seduzir.
Já no caso da Maria, aparecem frequentes alusões a dietas milagrosas, consultas de tarot ou cartomancia por correspondência, acessórios e tintas para o cabelo, detergentes para a roupa ou publicidade a outras revistas do mesmo género. A maior parte dos produtos publicitados são bens de consumo ou pequenos “caprichos” adquiridos numa ida ao supermercado.
Aqui, tratam-se temas do foro doméstico: dicas de culinária, arranjos florais ou conselhos matrimoniais.
As únicas semelhanças encontradas entre estes dois mundos, são a publicidade a telemóveis e a referência a produtos de beleza e lingerie, embora para carteiras com capacidades financeiras diferentes.
Mesmo no que respeita ao preço das revistas, a diferença é considerável. Enquanto a Maria não chega a custar um euro, a Cosmopolitan chega quase aos três.
Esta discrepância de preços será um indicador de qualidade? Pontos de vista….
Sofia Figueiras
sofia_figueiras@portugalmail.pt
Sacerdote incita violência sexista
Em pleno século XXI, onde grande parte dos debates tem como base a emancipação da mulher e a igualdade de direitos, é com grande choque e perplexidade que o mundo se depara com a notícia de que um sacerdote muçulmano foi condenado à prisão por incitar a violência contra as mulheres.
Foi no passado dia 15 de Janeiro que Mohamed Kamal Mustafá, imã de Fuengirola desde 1992, foi condenado pela Justiça Espanhola a uma pena de 15 meses de prisão e uma multa de 2160 euros por incitar a violência contra as mulheres. De acordo com o veredicto lido, este sacerdote muçulmano foi reconhecido “culpado do delito de provocação à violência sexista”.
Mohamed Kamal Mustafá publicou em 1997 um livro intitulado “A mulher e o Islão”, onde descrevia como bater nas mulheres: "as pancadas devem ser dadas em sítios precisos do corpo, como os pés e as mãos, com uma vara fina e flexível para que não fiquem cicatrizes nem hematomas", afirmando que este é um dos limites ao recurso do castigo corporal, considerado apenas "um simples sofrimento simbólico que não seja excessivo”. Acrescenta ainda que "as pancadas não devem ser fortes porque o objectivo é o de causar um sofrimento psicológico e não humilhar ou maltratar fisicamente”.
O sacerdote tentou defender-se, afirmando que o objectivo do livro era o de fazer um resumo histórico dos textos sagrados do Islão, justificação que não o poupou da pena imposta pelo juiz do caso, que considerou que Mohamed Kamal Mustafá misturou citações e tradições, fazendo transparecer um grande carácter machista. Contrariando as afirmações do sacerdote, duas instituições que representam os muçulmanos em Espanha – a Federação das Entidades Muçulmanas e a Comissão Islâmica – garantiram que nem o Corão nem qualquer outro texto sagrado do Islão incentivam qualquer tipo de violência sexista.
Esta condenação trouxe um momento de alegria às associações de defesa da mulher, que já tinham, aliás, apresentado queixa em 2000 contra o imã. No entanto, o advogado de defesa do sacerdote, José Luís Bravo, pensa que a pena aplicada foi injusta e acrescenta que o juiz foi influenciado pela “pressão mediática”. Afirma ainda que vai recorrer da sentença, justificando que este não foi um processo contra o imã, mas contra o Islão.
Clara Palma
clarapalma@hotmail.com
Foi no passado dia 15 de Janeiro que Mohamed Kamal Mustafá, imã de Fuengirola desde 1992, foi condenado pela Justiça Espanhola a uma pena de 15 meses de prisão e uma multa de 2160 euros por incitar a violência contra as mulheres. De acordo com o veredicto lido, este sacerdote muçulmano foi reconhecido “culpado do delito de provocação à violência sexista”.
Mohamed Kamal Mustafá publicou em 1997 um livro intitulado “A mulher e o Islão”, onde descrevia como bater nas mulheres: "as pancadas devem ser dadas em sítios precisos do corpo, como os pés e as mãos, com uma vara fina e flexível para que não fiquem cicatrizes nem hematomas", afirmando que este é um dos limites ao recurso do castigo corporal, considerado apenas "um simples sofrimento simbólico que não seja excessivo”. Acrescenta ainda que "as pancadas não devem ser fortes porque o objectivo é o de causar um sofrimento psicológico e não humilhar ou maltratar fisicamente”.
O sacerdote tentou defender-se, afirmando que o objectivo do livro era o de fazer um resumo histórico dos textos sagrados do Islão, justificação que não o poupou da pena imposta pelo juiz do caso, que considerou que Mohamed Kamal Mustafá misturou citações e tradições, fazendo transparecer um grande carácter machista. Contrariando as afirmações do sacerdote, duas instituições que representam os muçulmanos em Espanha – a Federação das Entidades Muçulmanas e a Comissão Islâmica – garantiram que nem o Corão nem qualquer outro texto sagrado do Islão incentivam qualquer tipo de violência sexista.
Esta condenação trouxe um momento de alegria às associações de defesa da mulher, que já tinham, aliás, apresentado queixa em 2000 contra o imã. No entanto, o advogado de defesa do sacerdote, José Luís Bravo, pensa que a pena aplicada foi injusta e acrescenta que o juiz foi influenciado pela “pressão mediática”. Afirma ainda que vai recorrer da sentença, justificando que este não foi um processo contra o imã, mas contra o Islão.
Clara Palma
clarapalma@hotmail.com
sábado, janeiro 10, 2004
Serviço Público essencialmente masculino!
Comparando os dois canais privados ao canal público português, podemos verificar que, no que diz respeito aos pivôs dos telejornais, o universo masculino vence no Serviço Público.
No mundo televisivo, mais especificamente no da apresentação de telejornais, verificou-se uma mudança no que diz respeito ao sexo dos pivôs.
Enquanto que na RTP sempre se verificou que a maioria dos pivôs eram do sexo masculino, na SIC pudemos presenciar uma inovação desde os primeiros dias da sua existência, ao ser apresentado como elenco um considerável número de mulheres que são hoje pivôs bastante conhecidas. A TVI seguiu-lhe o exemplo, ao apostar no equilíbrio entre o número de homens e mulheres no que respeita à apresentação dos telejornais.
Foi com agrado que se verificou esta emancipação feminina, uma vez que todos os pivôs, independentemente de serem homens ou mulheres, conseguem reunir o conjunto de características necessárias para nos apresentarem um bom trabalho todos os dias.
No entanto, a mudança ainda não se verifica na RTP, uma vez que grande parte dos pivôs são homens. Talvez a mudança também chegue brevemente à Estação Pública!
Clara Palma
Clarapalma@hotmail.com
No mundo televisivo, mais especificamente no da apresentação de telejornais, verificou-se uma mudança no que diz respeito ao sexo dos pivôs.
Enquanto que na RTP sempre se verificou que a maioria dos pivôs eram do sexo masculino, na SIC pudemos presenciar uma inovação desde os primeiros dias da sua existência, ao ser apresentado como elenco um considerável número de mulheres que são hoje pivôs bastante conhecidas. A TVI seguiu-lhe o exemplo, ao apostar no equilíbrio entre o número de homens e mulheres no que respeita à apresentação dos telejornais.
Foi com agrado que se verificou esta emancipação feminina, uma vez que todos os pivôs, independentemente de serem homens ou mulheres, conseguem reunir o conjunto de características necessárias para nos apresentarem um bom trabalho todos os dias.
No entanto, a mudança ainda não se verifica na RTP, uma vez que grande parte dos pivôs são homens. Talvez a mudança também chegue brevemente à Estação Pública!
Clara Palma
Clarapalma@hotmail.com
sexta-feira, janeiro 09, 2004
Opinião feminina?
Em matéria de artigos de opinião a imprensa assume, em certos casos, quase um exclusivo do sexo masculino.
Poucas são as mulheres que figuram, com regularidade, nas páginas dos jornais com críticas, crónicas e opiniões.
Já lá vão os tempos em que as mulheres não tinham voz activa na sociedade. Actualmente, o sexo feminino parece ganhar terreno em todas as frentes, nomeadamente, no jornalismo.
No entanto, nos artigos de opinião de alguns jornais, ainda que entregues aos dois sexos, verifica-se uma certa desigualdade.
É o caso do “Público”, um prestigiado jornal diário e do “Expresso”, semanário de referência que dão, maioritariamente, voz ao sexo masculino.
Consultando a secção de colunistas e cartoonistas da ficha técnica destes dois jornais, é visível uma certa disparidade: no total de vinte e nove pessoas que compõem esta secção do “Público” , apenas quatro são mulheres: Ana Paula Tavares, Graça Franco, Helena Matos e Maria Filomena Mónica.
No caso do “Expresso”, num total de dezassete pessoas, apenas Clara Ferreira Alves e Inês Pedrosa têm lugar.
Neste caso, estão em foco duas publicações com diferente periodicidade a mostrar que, embora pareça existir uma forte lacuna no que respeita a artigos de opinião e mesmo a algumas redacções dos jornais de maior tiragem esta é, no entanto, compensada pelo grande número de mulheres que frequentemente escrevem em revistas de cariz feminino.
As feministas diriam que isso se deve ao pouco impacto da opinião feminina e à falta de oportunidade de expressão nos jornais.
Os homens justificariam o facto com a ausência de espírito crítico por parte das mulheres.
Outros aguardam a emancipação feminina na área dos artigos de opinião.
Sofia Figueiras
sofia_figueiras@hotmail.com
Poucas são as mulheres que figuram, com regularidade, nas páginas dos jornais com críticas, crónicas e opiniões.
Já lá vão os tempos em que as mulheres não tinham voz activa na sociedade. Actualmente, o sexo feminino parece ganhar terreno em todas as frentes, nomeadamente, no jornalismo.
No entanto, nos artigos de opinião de alguns jornais, ainda que entregues aos dois sexos, verifica-se uma certa desigualdade.
É o caso do “Público”, um prestigiado jornal diário e do “Expresso”, semanário de referência que dão, maioritariamente, voz ao sexo masculino.
Consultando a secção de colunistas e cartoonistas da ficha técnica destes dois jornais, é visível uma certa disparidade: no total de vinte e nove pessoas que compõem esta secção do “Público” , apenas quatro são mulheres: Ana Paula Tavares, Graça Franco, Helena Matos e Maria Filomena Mónica.
No caso do “Expresso”, num total de dezassete pessoas, apenas Clara Ferreira Alves e Inês Pedrosa têm lugar.
Neste caso, estão em foco duas publicações com diferente periodicidade a mostrar que, embora pareça existir uma forte lacuna no que respeita a artigos de opinião e mesmo a algumas redacções dos jornais de maior tiragem esta é, no entanto, compensada pelo grande número de mulheres que frequentemente escrevem em revistas de cariz feminino.
As feministas diriam que isso se deve ao pouco impacto da opinião feminina e à falta de oportunidade de expressão nos jornais.
Os homens justificariam o facto com a ausência de espírito crítico por parte das mulheres.
Outros aguardam a emancipação feminina na área dos artigos de opinião.
Sofia Figueiras
sofia_figueiras@hotmail.com